Autárquicas 2020/São Vicente: Candidata da UCID à AM quer fazer fiscalização “rigorosa” à câmara (RECTIFICADA)

Mindelo, 12 Out (Inforpress) – A candidata da UCID à Assembleia Municipal de São Vicente, Dora Pires, prometeu, caso seja eleita, fazer uma fiscalização “forte e rigorosa” à câmara municipal e primar por uma discussão isenta e colaborativa dos projectos nas sessões.

Em conversa com a Inforpress, Dora Pires, que é doutora em Ciências Linguísticas, especialização em Linguística Geral e deputada nacional da UCID, disse que será uma presidente isenta e que fará uma fiscalização, como a lei manda, à Câmara Municipal de São Vicente.

“A Assembleia não pode ir a reboque da câmara. A Assembleia está lá para fazer a câmara cumprir tudo o que ela tem por fazer” defendeu a candidata.

Dora Pires também propõe incentivar a Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV) a ajudar na implementação da lei que dá a autonomia financeira às assembleias municipais.

Isto porque, sustentou, se as assembleias continuarem com um orçamento disponibilizado pela câmara, elas ficarão dependentes no exercício das suas funções.

“Se ela autorizar você faz, mas se não autorizar você não faz. Ou seja, a câmara acaba por condicionar o trabalho da assembleia”, explicou a candidata da UCID à Assembleia Municipal de São Vicente.

Segundo Dora Pires, a assembleia por isso não deve deixar a câmara fazer o que ela quer, tal como tem acontecido actualmente, em que a CMSV “está mergulhada em dívidas”.

“Temos uma câmara endividada e toda as pessoas falam da existência de corrupção”, criticou a candidata, para quem “se a AM fiscalizasse a câmara como deve ser, muita coisa não aconteceria, caso das contas adulteradas e empréstimos sem autorização”.

No seu entender, “a actual presidente da assembleia municipal e os partidos que votaram a favor daquilo que não deveriam devem ser responsabilizados também pela má gestão da CMSV”.

Segundo Dora Pires, houve queixas sobre “a má gestão da câmara, das quais o Tribunal de Contas nunca se pronunciou”. Pelo que, afiançou que “não se pode viver num país onde há lei para uns e não há para os outros”.

Para além de António Monteiro (UCID) concorrem ao cargo de presidente da câmara de São Vicente Augusto Neves (MpD), Albertino Graça (PAICV) e Nelson Lopes (Movimento Mas Soncent).

Nas autárquicas de 2016, em São Vicente, concorreram Augusto Neves, pelo MpD, que teve maioria absoluta na câmara com 48,97 por cento (%) dos votos, António Monteiro (UCID), que conseguiu 28,28%, e Alcides Graça (PAICV) que teve 20,75%.

Em São Vicente, para as eleições do dia 25 de Outubro, estão inscritos 52.686 eleitores (mais 884 em relação ao escrutínio de 2016), dos quais 177 cidadãos estrangeiros, distribuídos por 142 mesas de voto.

A nível nacional, participa na corrida o total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista), e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).

(CORRIGE-SE NO 10º PARÁGRAFO O NOME DA INSTITUIÇÃO MENCIONADA, SUBSTITUINDO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL POR TRIBUNAL DE CONTAS)

CD/ZS

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos