Autárquicas 2020/São Lourenço dos Órgãos: MpD acusa PAICV de ser uma equipa sem ideias

João Teves, 19 Out (Inforpress) – O candidato do MpD à presidência da câmara de São Lourenço dos Órgãos nas eleições de 25 de Outubro, acusa o PAICV de ser sem ideias que criou o maior elefante branco do interior de Santiago: o mercado.

Para o candidato, o edifício construído no mercado de São Lourenço é o “maior elefante branco feito no interior de Santiago”, tendo três pisos, a infra-estrutura custou aos cofres da câmara municipal, segundo Carlos Vasconcelos, 85 mil contos, mais os 22 mil contos financiados pelo Fundo do Ambiente.

“São 107 mil contos consumidos no mercado que não trouxe nenhuma mais valia para o município de São Lourenço dos Órgãos. Chove do terceiro ao último piso”, disse o candidato do MpD, para quem São Lourenço “não pode pensar” num mercado com as mesmas características do interior depois de 40 anos de interrupção no seu funcionamento.

“O mercado vai ser retomado por nós, mas com outras valências, como um Centro Incubador de Negócios, essencialmente dirigido a pequenas empresas dos jovens que precisam de espaço, inexistentes no concelho, para instalarem os seus negócios”, referiu Carlos Vasconcelos.

No seu entender, mensal ou trimensal, pode abrir as portas a grandes feiras, como da planta, dos animais ou dos produtos agrícolas.

“Isso do Centro de Conexão de serviços não existe para um município a debater com problemas mais complicados e creio que nem o cabeça de lista do PAICV sabe do que está a falar”, acusou.

Abordando o tema do ‘slogan’ do PAICV “Lela é mau”, o candidato mencionou que reflecte o “desespero dos nossos adversários [PAICV], mas concretamente o seu cabeça de lista na sua necessidade de tirar proveito político, nestas eleições, de um acto judicial ainda a ser julgado nos tribunais”.

“Nem Lela, nem ele consegue aumentar o salário a 270 funcionários num município com problemas que nunca mais acabam”, referiu, acrescentando que “uma política populista como esta” os atrasa como gestores e atrasa a mentalidade dos Órgãos”.

Explicou que foram admitidas mais de 300 pessoas na câmara municipal logo depois de terem perdido as eleições e que não é com este tipo de expedientes que se resolvem o problema do desemprego.

“Para debelar esse problema, precisamos de empresas, de criar um forte tecido empresarial capaz de absorver a mão de obra e para que as pessoas consigam ter rendimentos. Este é o nosso caminho e vamos trilhá-lo depois do 25 de Outubro”, garantiu.

Nas eleições autárquicas de 04 de Setembro de 2016, as sétimas realizadas em Cabo Verde, para escolha dos titulares dos órgãos municipais de São Lourenço dos Órgãos concorreram Carlos Vasconcelos, pelo MpD, que venceu com 2.013 votos (49,11%) e Victor Baessa, pelo PAICV, que obteve 1.965 votos (47,94%).

Para as eleições autárquicas de 25 de Outubro, estão inscritos nos cadernos eleitorais 5.746 eleitores, (em 2016 o número de inscritos era de 5.268, dos quais 4.099 votaram).

A nível nacional participa na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista) e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).

AT/DR

Inforpress/Fim

 

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