Autárquicas 2020/Sal: “Habitação social tem sido apenas um jogo para conseguir votos e chegar ao poder”, Grupo Independente

Espargos, 18 Out (Inforpress) – A iniciativa Independente Sociedade em Acção para a Liberdade privilegiou nos últimos dias contados porta-a-porta às localidades dos Espargos, considerando que a habitação social continua “sem visão acertada”.

Liderada pelo cabeça de lista Aldirley Azevedo Gomes, esta candidatura, frisa que para além das pessoas se sentirem “defraudadas” há décadas e o que está a mexer com as suas “auto-estima, auto-confiança e sentimento de pertença”, a questão da habitação social é “apenas um jogo para conseguir votos e chegar ao poder”.

“Se recuarmos no tempo, vamos perceber que foi prometido há quatro anos que as casas de lata seriam erradicadas na ilha do Sal. Ora, o que estamos a constatar é que não é bem assim, aliás as casas de lata triplicaram. Não há uma visão, não existe um programa consistente para resolver esta situação e temos assistido isto todos os anos”, sustentou Aldirley Gomes à Inforpress.

O candidato mostra-se preocupado e afirma ser “uma exploração até o tutano”, num jogo de expectativas para com as pessoas, além de que, realça, são sucessivos sistema de habitação social implementados no país pelo Governo e não da autarquia municipal e que não respondem às necessidades habitacionais das pessoas.

“Como estamos a falar de pessoas, as coisas não podem funcionar assim. Esta situação carece de soluções urgentes. Não é apenas chegar e oferecer uma moradia. É preciso dar moradia, educação e emprego, além de se criar um novo cenário de acompanhamento assertivo destas propostas em andamento”, realçou.

Na visão deste candidato, é preciso construir de acordo com as necessidades dos cidadãos, com políticas fortes e sérias, desde a distribuição de lotes de terrenos, à construção e à instalação das pessoas.

Acrescentou, no entanto, que a sua candidatura está a propor um programa de construção com um sistema alternativo, com estruturas modulares e mistos, mais sustentáveis e de construção rápida, visando dar às pessoas uma habitação condigna e merecida. “É triste e revoltante ver políticos a viverem bem no meio disto. Aliás no Sal, são os primeiros a receber habitação do Estado, enquanto existem pessoas a viver em situações degradante”, desabafou.

Além de Aldirley Gomes, na ilha do Sal, concorrem para estas eleições autárquicas, Albertino Mosso, apoiado pelo PAICV e o Movimento para a Democracia (MpD), liderado por Júlio Lopes.

Nas autárquicas de 2016, concorreram quatro candidatos, sendo Júlio Lopes (MpD), que ganhou a câmara com 50,88% dos votos, Démis Lobo (PAICV) que obteve 43,58% dos votos, Jorge Rocha (UCID) 2,82%, e Paulo Jorge Lopes (PSD) 0,34%.

Para as eleições do dia 25 de Outubro, na ilha do Sal, estão inscritos nos cadernos eleitorais 18.701 eleitores (em 2016 o número de inscritos era de 16.744, dos quais 9.633 votaram) distribuídos por 67 mesas de voto.

A nível nacional, participa na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista), e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4), São Vicente (1).

AR/ZS

Inforpress/Fim

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