Autárquicas 2020/Porto Novo: PAICV considera que este município está em situação “bastante difícil” devido à falta de investimentos

Porto Novo, 19 Out (Inforpress) – O candidato do PAICV a presidente da câmara do Porto Novo, Nilton Dias, considerou hoje que este município está a passar por “uma situação bastante difícil”, já que “muita coisa prometida” pela equipa camarária cessante “não foi feita”.

“Muita coisa prometida que não foi feita, o que leva a que Porto Novo esteja, nesta altura, em situação bastante difícil”, avançou o candidato do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, para quem esse estado de coisas já “justifica a mudança” de política neste município, a partir do dia 25 de Outubro, data marcada paras as eleições autárquicas.

Nilton Dias apontou, a título de exemplo, a “taxa elevada” do desemprego jovem, que atinge 38 por cento (%) da juventude e a ausência de investimentos em sectores como a agricultura, as pescas, a pecuária e o turismo, o que levou a um “recuo da actividade economia” no concelho do Porto Novo, nos últimos anos.

Trata-se de uma realidade que tem sido denunciada pelos próprios operadores económicos, segundo candidato do PAICV, que referiu, por outro lado, que “muita gente vive ainda em condições difíceis, com habitações degradadas”.

“Temos muita gente com habitações degradadas, temos mulheres em situação de muita vulnerabilidade, temos chefes de famílias sem emprego, os agentes culturais foram abandonados e o desporto regrediu porque não teve o efectivo apoio da câmara municipal”, avançou ainda Nilton Dias.

Por esta razão, o candidato do PAICV a presidente da câmara do Porto Novo insiste na necessidade de os porto-novenses optarem, nestas eleições, por “uma nova forma de fazer política” neste município, assente na “proximidade” e numa “uma melhor gestão da coisa pública”.

“Uma mudança de política em que todos os porto-novenses serão tratados de igual para igual, sem discriminação com base em opção partidária”, sublinhou Nilton Dias, que promete, caso vença as eleições, priorizar a promoção do emprego, a resolução do problema de água na cidade do Porto Novo e nas zonas altas do município, bem como o saneamento, a habitação social e a dinamização da economia local.

A resolução do problema do emprego, segundo este candidato, passa pelo “alargamento da base económica” do concelho através de investimentos na modernização da agricultura, da pesca  e da pecuária e do apoio aos operadores na organização da produção e na colocação dos produtos nos mercados turísticos nacionais.

Nas autárquicas de 2016, no concelho do Porto Novo concorreram Aníbal Azevedo Fonseca (MpD), que alcançou 49,79% dos votos, e Rosa Lopes Rocha (PAICV), que obteve 46,78%.

Para as eleições do dia 25 de Outubro, em Porto Novo, estão inscritos 13.324 eleitores (em 2016 o número de inscritos era de 12.506, dos quais 9.066 votaram), que escolherão, a 25 de Outubro, os órgãos autárquicos para dirigirem o município nos próximos quatro anos.

A nível nacional, participa na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista, e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).

JM/CP

Inforpress/Fim

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