Autárquicas 2020/Porto Novo: Nilton Dias considera que o grande desafio do município é criar emprego e reduzir a pobreza

Porto Novo, 10 Out (Inforpress) – O candidato do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) a presidente da câmara do Porto Novo, Nilton Dias, destacou, sexta-feira, a criação de empregos e redução da pobreza como sendo “o grande desafio” deste município.

De visita à cidade do Porto Novo, mais exactamente ao bairro do Armazém, Nilton Dias reafirmou o seu propósito de, se for eleito, “trabalhar para criar emprego” e “reduzir a pobreza, criar oportunidades para os jovens e mulheres”, que considera “a camada mais afectada pela miséria”, neste concelho.

Para o candidato do PAICV, Porto Novo é ainda um concelho “muito marcado pela pobreza e pelo desemprego”, fenómeno que afecta 40 por cento (%) dos jovens, avançou.

Para Nilton Dias, as “principais preocupações” dos porto-novenses têm a ver com o desemprego, que atinge designadamente os jovens, com “muita pobreza”, com “a necessidade de habitação social” e com as condições precárias de saneamento.

A falta de acesso a algumas comunidades, como Ribeira dos Bodes, Ribeira Fria e o Planalto Norte, a necessidade de uma universidade, de um centro de formação profissional e de um polidesportivo coberto são outras reivindicações dos porto-novenses, que, a seu ver, desejam “uma câmara mais próxima das pessoas”.

A requalificação da orla marítima da cidade do Porto Novo constitui, também, uma outra inquietação do candidato do PAICV à presidência da câmara do Porto Novo, que voltou a manifestar-se contra o actual projecto, que consiste na construção de uma via pedonal, em vez de uma avenida marginal, explicou.

Por isso, em caso da sua eleição, promete “exigir” do Governo a construção da avenida marginal, uma infra-estrutura para “reestruturar” a cidade do Porto Novo e “voltar” esta urbe “cara para o mar” e poder, assim, “atrair investimentos para Porto Novo”.

Segundo Nilton Dias, a obra está ainda na fase inicial de execução e, por isso, ainda vai a tempo de discutir com o Governo a “redefinição do projecto”, porque “Porto Novo precisa da sua avenida marginal, que dará o concelho uma nova dinâmica”.

“Se formos eleitos, vamos rediscutir com o Governo o projecto, porque a avenida marginal responde aos anseios dos porto-novenses”, sublinhou este candidato, que acusou a actual equipa camarária de não ter defendido o interesse dos munícipes com relação a este projecto.

Nas autárquicas de 2016, no concelho do Porto Novo concorreram dois candidatos, sendo Aníbal Azevedo Fonseca (MpD), que alcançou 49,79 % dos votos, e Rosa Lopes Rocha (PAICV), que obteve 46,78 %.

Para as eleições do dia 25 de Outubro, em Porto Novo, estão inscritos nos cadernos eleitorais 13.324 eleitores (em 2016 o número de inscritos era de 12.506, dos quais 9.066 votaram), que escolherão, a 25 de Outubro, os órgãos autárquicos para dirigirem o município nos próximos quatro.

A nível nacional participa na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista, e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).

JM/ZS

Inforpress/Fim

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