Porto Novo, 21 Out (Inforpress) – O candidato da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) a presidente da câmara do Porto Novo disse terça-feira que a estrada para Faial e Dominguinhas, Alto Mira, deve ser construída “por uma questão de respeito” a essas comunidades.
Domingos Rodrigues, que esteve em contactos com os eleitores em Alto Mira, considerou que a construção dessa via constitui “o sonho” dos habitantes das duas localidades encravadas e pediu ao Governo para, pelo respeito às populações de ambas comunidades, envidar esforços com vista a concretizar essa obra.
O candidato da UCID referiu-se ainda à necessidade de se melhorar o caminho que dá acesso ao cemitério de Alto Mira, que se situa, precisamente, na localidade de Faial, via que, a seu ver, precisa “urgentemente” de uma intervenção.
Caso seja eleito, Domingos Rodrigues prometeu melhorar esse acesso e trabalhar com o Governo para o desencravamento do interior do vale de Alto Mira, que passa pela construção da estrada para Faial e Dominguinhas.
Ainda em Alto Mira, este candidato sugeriu a construção de uma estrada alternativa para a zona de Chã de Dragoeiro (terceiro povoado), já que a actual via, construída, há décadas, a partir da Selada, é “um dos piores do mundo” pelo risco que representa para as pessoas.
Domingos Rodrigues referiu-se concretamente à queda de pedra nessa via, situação que coloca as pessoas em perigo e propôs a construção de um troço de estrada alternativo, numa extensão de 400 a 500 metros, que passaria pela localidade de João Bento, em Ribeira dos Bodes.
Este candidato aproveitou a deslocação ao Alto Mira, para falar ainda da “qualidade de vida” dos porto-novenses que considera “muito baixa”, porque, no seu entender, as autoridades locais aparecem nas localidades “somente em períodos de campanha eleitoral”.
“Durante as campanhas eleitorais fazem promessas que não cumprem. Por isso que as pessoas se sentem defraudadas”, notou Domingos Rodrigues, que renovou o apelo ao eleitorado para “dar à UCID um voto de confiança” para demonstrar que é “diferente dos outros partidos”.
“Queremos ser o exemplo da governação neste País. Temos capacidade para fazer mais e melhor. Ao contrário dos outros, nós não queremos defraudar ninguém e os jovens podem confiar em nós”, avançou este candidato, que diz liderar “uma equipa jovem para trabalhar para os jovens”.
Nas autárquicas de 2016, no concelho do Porto Novo concorreram Aníbal Azevedo Fonseca (MpD), que alcançou 49,79 % dos votos, e Rosa Lopes Rocha (PAICV), que obteve 46,78 %.
Para as eleições do dia 25 de Outubro, em Porto Novo, estão inscritos nos cadernos eleitorais 13.324 eleitores (em 2016 o número de inscritos era de 12.506, dos quais 9.066 votaram), que escolherão, a 25 de Outubro, os órgãos autárquicos para dirigirem o município nos próximos quatro anos.
A nível nacional participa na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista) e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).
JM/ZS
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