Autárquicas 2020/Maio: PAICV confiante que a vontade do eleitorado maiense é a da muda na gestão autárquica

Porto Inglês, 17 Out (Inforpress) – O mandatário da campanha eleitoral do PAICV no município do Maio, Agostinho Silva, afirmou hoje que dos contactos que já realizaram, estão a sentir que a vontade do eleitorado maiense é a da muda na gestão autárquica.

Segundo o mandatário da campanha do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) às eleições de 25 de Outubro, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) coloca a ilha do Maio numa classificação “muito aquém das potencialidades” existentes localmente e com uma alta taxa de desemprego jovem.

Por estas e outras razões, afirmou que o povo maiense “não quer continuar nesta situação”, algo que sentem nos contactos feitos no terreno, porque “muitas foram as promessas e poucas foram as realizações em concreto”.

Agostinho Silva elencou as promessas feitas pela equipa adversária e que ficaram “somente na intenção”, começando pela conclusão do estádio municipal, que na sua opinião é uma “vergonha” local e nacional.

“Temos também as obras da construção dos dois campos relvados nas vilas ea Calheta e Barreiro, assim como a conclusão da rede de esgoto na vila da Calheta”, acrescentou.

Advogou, ainda, que esta reivindicação é extensiva aos trabalhos de requalificação da avenida Amílcar Cabral que foi lançado pelo primeiro-ministro com “pompas e circunstância”, mas que, praticamente no dia seguinte foram paralisados por causa da falta de verba.

“Lamentamos que essas obras que foram elencadas como obras de mandato e que infelizmente ficaram por caminho, foram apenas como tínhamos dito, para animar o povo antes da campanha, mas que hoje está à vista de todos e, sobretudo, os valores gastos e a câmara não disse para onde foram canalizados”, enfatizou.

Agostinho Silva apontou também como uma das razões para os maienses estejam descontentes, o facto de terem sido criadas as delegações municipais com os respectivos delegados, mas que não funcionaram, para além do gabinete do apoio ao emigrante que “não passou de uma cosmética”, salientando que esta camada não foi tida em conta.

Agostinho Silva disse que hoje à tarde, a candidatura do PAICV vai reunir com a comunidade de emigrantes africanos residentes na ilha, para auscultação e saber as suas reivindicações, tendo em conta que estão a dar os seus contributos para o desenvolvimento do Maio.

Para à presidência da Câmara Municipal do Maio, além de António Ramos, do PAICV, concorre a estas eleições, Miguel Rosa, do Movimento para a Democracia (MpD).

Nas eleições de 2016, as sétimas realizadas em Cabo Verde para escolha dos titulares dos órgãos municipais do Maio, concorreram dois candidatos, tendo o MpD (Miguel Rosa) conquistado a câmara com 1.996 votos, (56,82%), e o OIAM (José Silva) 1.423 votos (40,51%).

Para as eleições autárquicas de 25 de Outubro, estão inscritos 5.072 eleitores (em 2016 o número de inscritos era de 4.822, dos quais 3.503 votaram).

A nível nacional, participa na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista) e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).

WN/DR

Inforpress/Fim

 

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