Cidade 04 Nov (Inforpress) – A Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD) mostrou-se satisfeita com a participação de Cabo Verde no COP26, antevendo, desde já, o combate às adversidades climáticas que afectam o arquipélago.
Em declarações à Inforpress, a coordenadora de projectos da ADAD, Ana Gonçalves, considerou bastante positiva a participação de Cabo Verde no evento, apontando que esta é uma oportunidade para fazer contactos e sensibilização junto de outros países.
“É preciso chamar a atenção sobre a situação dos países insulares como Cabo Verde, que são muito afectados pelas alterações climáticas”, assinalou.
Nesta linha, indicou que o arquipélago pode sofrer com a invasão do mar, a intrusão salina nos campos agrícolas, cada vez a chuva é mais escassa, por isso, frisou, é necessário ver soluções junto dos países participantes como é que se pode combater essas adversidades, antes que seja tarde demais.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse que o país tem uma “contribuição insignificante” na carbonização da economia, mas que “sofre fortemente” os efeitos das alterações climáticas e instou o mundo a “compromissos colectivos”.
O chefe do Governo fez esta intervenção na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), para actualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, activistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de Novembro, em Glasgow, na Escócia, na COP26, para actualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao actual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 °C.
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