Abraão Vicente destaca o “grande” contributo do escritor Ovídio Martins para o movimento da independência nacional

Cidade da Praia, 20 Out (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, destacou, hoje, na Cidade da Praia, o “grande” contributo do poeta, escritor e jornalista cabo-verdiano Ovídio Martins para o movimento da independência de Cabo Verde.

Abraão Vicente, que falava à imprensa à margem da conversa aberta à volta do escritor Ovídio Martins, que decorre no âmbito do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, começou por dizer que o evento vai ao encontro daquilo que o Ministério da Cultura tem estado a fazer, resgatar os “grandes poetas, grandes letrados, agentes culturais do passado”.

“É resgatar a sua força e contribuição para o desenvolvimento de Cabo Verde. Ovídio Martins é alguém que para além da literatura contribuiu para o movimento da independência nacional, a chamada geração da revista Suplemento que vai além daquilo que é o canto de Cabo Verde que proclamou, consagrou a geração claridade, que de uma forma mais directa apelou, lutou, através da literatura deu alargada da independência consistência ideológica”, aludiu o governante.

Destacou, nesta senda, o “importante” contributo das suas poesias em prosa principalmente, que, conforme fundamentou, acabam por configurar uma “importante” alargada cultural e contributo ao mundo da cultura para o movimento da independência do País.

Segundo Abraão Vicente, as obras de Ovídio Martins são “intemporais”, tendo sublinhado que o escritor é “sempre aclamado”.

“Os vários primeiros-ministros o citaram em diversos discursos, exactamente porque ele acaba por re-enraizar uma certa euforia e uma certa obsessão por aquilo que ele chamava os gestos livros do povo cabo-verdiano”, frisou.

Ovídio Martins é uma figura que fica na história apesar de ter tido uma vida relativamente discreta e ser pouco conhecido na nova geração de cabo-verdianos.

Portanto, reforçou o principal objectivo, é, através do arquivo histórico e das instituições do Ministério da Cultura, resgatar as grandes figuras da história cabo-verdiana e fazê-las presentes hoje no tempo da Internet e das redes.

Segundo o mesmo, a promoção destes tipos de eventos, é para mostrar mais uma vez, que a cultura é muito mais que entretenimento e espetáculo.

Abraão Vicente salientou igualmente, por outro lado, que a maior arte do reconhecimento dos escritores e dos homens de cultura é o cultivo das suas obras.

“Não é os momentos pontuais de homenagem de atribuição de medalhas, aliás os vários Governos de Cabo Verde têm feito esse trabalho a partir da independência. Mas a cultura acontece muitas vezes em silêncio e as escolas têm de absorver”, assinalou, ressalvando que “sem cultura não há educação de qualidade, não há uma educação cabo-verdiana”.

Portanto, conforme defendeu, homenagear esses “grandes monstros” da cultura cabo-verdiana, significa reeditar as suas obras, um trabalho que a Biblioteca Nacional está a fazer, fazendo também, com que de facto as obras sejam permanentemente celebradas, através de, por exemplo, transcrição das obras para peças teatrais como é o caso de Chiquinho.

Nesta linha, o ministro apontou, ainda, a importância de se fazer com que os grandes escritores façam parte do dia-a-dia da cultura cabo-verdiana.

TC/ZS

Inforpress/Fim

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