Cidade da Praia, 08 Nov (Inforpress) – O presidente do conselho de administração (PCA) da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) considerou hoje que a 24ª edição desta feira é uma indicação da volta à normalidade após o período de pandemia.
Jorge Spencer Lima fez estas considerações numa conferência de imprensa, realçando que a realização desta feira que decorre de 17 a 20 de Novembro na cidade da Praia, sob o lema “Cabo Verde e as oportunidades em tempos de crise”, é uma forma de “ajudar as empresas” tendo em conta que passaram por momentos difíceis durante a pandemia da covid-19, reforçando que algumas delas “não vão sobreviver”.
“Pensamos que a realização da FIC é uma das formas de ajudar as empresas, pois vamos colocar em contacto empresas de vários ramos, de várias actividades e diversos países, numa perspectiva de uma retoma de actividades e de reforço de posicionamento das empresas no mercado”, realçou este dirigente.
Por seu turno, a administradora delegada da FIC, Angélica Fortes, informou que esta edição foi projectada para 230 ‘stands’ distribuídos em espaços interiores e exteriores, que já se encontram esgotados com 123 empresas já inscritas.
Das empresas inscritas, Angélica Fortes destacou que além de empresas cabo-verdianas há também de outras nacionalidades, nomeadamente da Áustria, China, Espanha, Mauritânia, Estados Unidos, Portugal e Suíça.
Ou seja, explicou que em termos de percentagem, 63 por cento (%) são nacionais, 23% portuguesas e 11% de outros países.
Segundo a mesma fonte, é uma feira multissectorial e conta com quase todos os sectores da economia nesta exposição, garantindo que serão tomadas todas as medidas sanitárias exigidas pelo Governo.
Questionado sobre as maiores dificuldades, a delegada apontou que o maior desafio foi convencer as empresas a participarem na feira, pois, conforme explicou Angélica Fortes, após a pandemia as empresas estavam com muitas dúvidas e incertezas, demonstrando algum receio em se inscreverem na feira, por não conhecerem ainda à decisão do Governo quanto às restrições e o evoluir da situação pandémica.
Houve situações, conforme sublinhou, de empresas que sempre participaram na feira, mas que este ano por dificuldades financeiras, e a FIC apoiou-as, permitindo-lhes assim garantir a sua participação na feira, destacando que também a Câmara de Comércio de Sotavento (CCS) reservou alguns ‘stands’ para os pequenos associados que não têm condições para pagarem neste momento, participarem também.
Durante a feira, serão realizadas um conjunto de actividades em paralelas, destacando algumas conferências, simpósio e encontros com entidades governamentais e outras personalidades, com o intuito de reflectir a situação das empresas neste momento e pensar numa forma de “alavanca-las”.
MC/CP
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